Se você já sentiu uma dor intensa do lado direito do abdômen, que parece se espalhar pelas costas ou ombro, acompanhada de náusea e mal-estar depois de uma refeição pesada, pode ter experimentado um dos sintomas mais clássicos da colelitíase, popularmente conhecida como pedra na vesícula. Esse é apenas um entre vários problemas que podem afetar a vesícula biliar — um pequeno órgão localizado logo abaixo do fígado, mas que pode causar grandes complicações quando algo não vai bem.
A vesícula tem uma função essencial no processo digestivo: ela armazena e libera a bile, substância produzida pelo fígado que ajuda na digestão das gorduras. Mas, por motivos genéticos, hormonais ou relacionados ao estilo de vida, podem se formar cálculos, obstruindo a passagem da bile e desencadeando crises de dor e inflamação.
Estima-se que até 20% da população adulta possa desenvolver pedras na vesícula ao longo da vida — muitas vezes sem sequer saber, já que o problema pode permanecer silencioso por anos.
Como surgem os cálculos biliares e quando a cirurgia é indicada?
Os cálculos são formados quando a bile se torna muito concentrada ou quando seu esvaziamento é incompleto. Isso pode acontecer por diversos fatores:
- Dieta rica em gorduras e açúcares;
- Sedentarismo e excesso de peso;
- Alterações hormonais (muito comum em mulheres, especialmente durante gestação ou uso de anticoncepcionais);
- Histórico familiar;
- Perda rápida de peso ou jejuns prolongados.
Quando essas pedras se movimentam e obstruem os canais biliares, o corpo reage com dor súbita e intensa — as famosas crises de vesícula, que costumam ocorrer após refeições gordurosas. Em casos mais graves, pode haver inflamação do órgão (colecistite), icterícia (pele amarelada), vômitos, febre e até complicações no fígado ou pâncreas.
O tratamento definitivo nesses casos é a cirurgia chamada colecistectomia, ou seja, a retirada da vesícula. Segundo o Dr. Renato Aguera Oliver, cirurgião do aparelho digestivo em Jaú, essa é uma das cirurgias mais realizadas no Brasil e, quando feita por videolaparoscopia ou robótica, oferece recuperação rápida, menor dor e alta precoce.
Muitos pacientes chegam com receio de tirar a vesícula, mas o que poucos sabem é que ela não é essencial para a vida. Vivemos perfeitamente bem sem ela, e a retirada é justamente o que evita que a pessoa volte a ter crises ou desenvolva complicações maiores.
Outros problemas relacionados à vesícula incluem:
- Colecistite aguda: inflamação da vesícula, geralmente causada por obstrução por pedra;
- Pólipos na vesícula: formações que podem ter risco de malignidade, dependendo do tamanho;
- Disfunção biliar: mau funcionamento da vesícula, mesmo sem cálculos, que pode causar sintomas semelhantes.
Por que não vale a pena esperar a próxima crise?
Quando o paciente opta por esperar ou adiar a cirurgia, corre o risco de enfrentar novas crises cada vez mais intensas — e com maior risco. Casos de inflamação grave, perfuração da vesícula, infecção generalizada ou envolvimento do pâncreas (pancreatite biliar) exigem internação de urgência, muitas vezes com recuperação mais lenta e dolorosa.
Por isso, o Dr. Renato Aguera Oliver defende uma abordagem clara e segura: se há diagnóstico de pedra na vesícula e histórico de sintomas, a cirurgia programada é o melhor caminho. Em Jaú, ele realiza o procedimento com técnicas modernas e foco no bem-estar e na autonomia do paciente durante todo o processo — desde o diagnóstico até o pós-operatório.
Se você já teve dor abdominal após comer, desconforto no lado direito ou diagnóstico confirmado de cálculos, não espere pela próxima crise.